10 Mitos sobre a Kombucha (Scoby)
O que é essa “coisa”? rs
O SCOBY (Cultura Simbiótica de Bactérias e Leveduras), é um termo cunhado por Len Porzio, um engenheiro de software de profissão, que em meados dos anos 90, olhou para Kombucha devido a suas preocupações com a saúde. Um amigo encorajou-o a experimentá-lo e seus efeitos positivos transformaram sua vida!
O Scoby pode não parecer bonito, mas com ele é possível criar uma incrível e nutritiva bebida fermentada, versátil e apreciada no mundo todo e ainda com grandes possibilidades de criações, alquimias e novos sabores.
Devido à sua popularidade, muitas ideias, opiniões e fatos sobre a Kombucha (Scoby) tem surgido na Internet e entre os Cultivadores (Kombucheiros). Como avaliar o que é certo ou errado ? Vamos desvendar alguns Mitos…
MITO # 1: A KOMBUCHA FEITA EM CASA PODE SER FATAL
Mundialmente, o consumo de Kombucha é feito há centenas de anos e apenas 2 casos pontuais de morte foram relatados em 1995 pelo CDC (Center for Disease Control and Prevention) . Leia aqui
Pesquise, certificando-se de que a fonte da informação é confiável, converse com quem já tem experiência na produção de Kombucha (Kombucheiros), faça um Curso de Produção Caseira de Kombucha. Inicie o consumo de forma branda (200 ml / dia) e observe a resposta do seu organismo, aumentando conforme tolerância e gosto.
De modo geral, quando seu Kombucha é preparado com boas matérias-primas, a sanitização dos materiais e utensílios é adequada e dentro padrões básicos de higiene, sofrer por doenças é raríssimo! Além disso, o ambiente de baixo pH (Alta acidez) gerada na fermentação é hostil para a quase totalidade de bactérias nocivas.
LEMBRE-SE: A Kombucha não é um remédio ou medicamento. Informe seu MÉDICO ou NUTRICIONISTA antes do iniciar o consumo e leia a matéria Contra-Indicações do Uso de Kombucha.
Saiba mais: Como fazer seu Kombucha de forma correta e segura
MITO #2: A KOMBUCHA TEM ALTO TEOR DE CAFEÍNA
Apesar da Kombucha ser feito com chás à base de cafeína, a potência desse composto é reduzida naturalmente na fermentação. Em média, a Kombucha pronto tem ⅓ da quantidade de cafeína que o chá inicial.
Ex.: Chá Preto: 30-75 mg de cafeína por xícara, Kombucha fica com 10-25mg de cafeína. Dependendo do Chá Verde, por exemplo, pode ter apenas 2-3mg de cafeína/xícara. Comparado a 1 xícara de café fresco, que contém cerca de 95 mg de cafeína, o teor da Kombucha é 70% menor.
Saiba mais: Posso fazer Kombucha com Chá sem Cafeína / Descafeinado ?
MITO # 3: SCOBY MAIOR, KOMBUCHA PRONTO MAIS RÁPIDO
Não há evidências concretas, mas um tempo de preparo mais rápido não é necessariamente melhor.
-> O cultivo mais lento permite que o sabor se desenvolva aos poucos, bem como as propriedades probióticas.
-> Quanto maior o seu Scoby, menos líquido no recipiente, ou seja, menos Kombucha pronto pra você saborear.
-> Para acelerar o processo, aumente a proporção de Chá de Arranque a cada ciclo. Invés de 10-20%, utilize 30% por litro, por exemplo. A bebida ficará pronta mais rápido, mas se atente bem a data para não ‘vinagrar’.
IMPORTANTE: Um único Scoby maior pode não fermentar tão rápido, mas vários Scobys no mesmo recipiente, sim! Então, quanto MAIS Scobys no recipiente, em MENOS tempo seu Kombucha ficará pronto!
MITO # 4: O SCOBY É UM COGUMELO OU UMA ALGA
Muitas pessoas pensam que a cultura seja um cogumelo ou uma alga, devido a seu aspecto similar, sua textura e por ser disforme, mas não é! Talvez no máximo poderia ser chamado de tipo de fungo, por sua nômina de taxonomia.
A zoogleia (“pele viva”) se forma para que a Kombucha se envolva tanto na fermentação aeróbica (na presença de oxigênio) quanto na fermentação anaeróbica (na ausência de oxigênio). O recipiente de fermentação é coberto com um pano ou tecido para permitir a circulação de oxigênio. À medida que o processo de fermentação continua, a zoogleia cresce para cobrir todo o diâmetro, criando uma vedação hermética, que além de proteger o líquido de agentes externos, favorece a fermentação anaeróbica.
Quando a Kombucha começou a ser chamado de ‘cogumelo?’. Bem, a história diz que, no Japão, eles estavam criando uma bebida com algas e ‘Kombu’ (こんぶ) significa alga marinha em japonês e ‘cha’ (お茶) significa chá. Então foi originalmente chamado de chá de algas. Não era a Kombucha (Scoby), mesmo assim o nome surgiu.
MITO # 5: TOMAR KOMBUCHA PODE ME DEIXAR BÊBADO
Durante a fermentação aeróbica (1a fermentação), as leveduras converter açúcar em álcool. As bactérias se alimentam do álcool que é convertido em ácido glucônico e todos os outros ácidos saudáveis. No entanto, nem todo o etanol produzido é capaz de ser consumido pelas bactérias, deixando uma pequena quantidade.
Quem opta pela fermentação anaeróbica 2a fermentação (Priming) com adição de novos açúcares fermentáveis e saborização da Kombucha, fazendo o Envase, também não precisa de preocupar, já que isso apenas insere quantidade extra de CO2 (Gás Carbônico) para dar aquele efeito frisante / bolhas.
A porcentagem do teor alcoólico (TO) segue a Escala Gay Lussac (°GL), que calcula quantos ml de álcool absoluto existem em 100 ml de mistura hidroalcoólica. O TO de uma cerveja com álcool, por exemplo, é superior a 0,5%. O TO da Kombucha fica abaixo de 0,5%, ou seja, não impacta nem em análise de ‘bafômetro, por exemplo.
No entanto, se você é sensível ao álcool, toma medicamentos em que o álcool afeta absorção ou se beber Kombucha de estômago vazio, pode sentir uma euforia ou tontura temporária, então fique atento!
MITO # 6: TOMAR KOMBUCHA DEIXA O CORPO MAIS ÁCIDO
As “dietas alcalinas” se baseiam no fato de que nossa alimentação deveria ser mais rica em alimentos alcalinos, devido ao nosso pH alcalino do sangue, facilitando o equilíbrio do pH corporal, evitando assim doenças como osteoporose e alguns tipos de câncer, além de tratar e prevenir outras enfermidades.
Quando o alimento é digerido, seus componentes deixam resíduos formadores de ácido ou alcalinos, independente do pH inicial dele. Cítricos, por exemplo, são ácidos na origem e se tornam alcalinos após metabolização. Ou seja, na melhor das hipóteses, vai alterar o pH do sangue de forma mínima e transitória.
Nosso corpo mantém a saúde através da homeostase por meio de mecanismos fisiológicos de ácido-base, independente das alterações do ambiente externo. Ex.: controle temperatura corpórea, pH dos líquidos corporais, pressão arterial, frequência cardíaca, entre outros.
Então, não poderia beber Kombucha! Apesar de um Kombucha pronto e equilibrado ter pH baixo (Entre 2,5 a 4,0), o resíduo (cinzas) é alcalinizante e não ácido, com efeito semelhante ao Suco de Limão, Suco de Laranja ou Vinagre. Ou seja, a resposta é SIM! Pode consumir normalmente!
Saiba mais: Dieta Alcalina e Câncer. Leia aqui a matéria do American Institute for Cancer Research.
MITO # 7: A KOMBUCHA CURA TODO TIPO DE DOENÇA
A Kombucha não cura nada! Seu consumo ajuda a desintoxicar o organismo e melhorar a digestão para que o sistema imunológico funcione adequadamente. Pense nele como um limpador de filtro, onde o filtro é o seu fígado.
A Kombucha é um adaptógeno, ou seja, fazem parte dos compostos que satisfazem 3 critérios:
1) não são tóxicos;
2) são inespecíficos (trabalham em todo o corpo, em vez de uma só parte) e
3) ajudam a manter a homeostase.
Isso significa que se você precisar reduzir ou aumentar o seu peso corporal, a Kombucha pode ajudá-lo! No entanto, se seu sistema imunológico está comprometido, consulte seu Médico antes de iniciar o consumo.
Embora a kombucha tenha propriedades benéficas devido à presença de probióticos, vitaminas e enzimas, não é uma panaceia universal. Seus benefícios são parte de um estilo de vida saudável que inclui uma dieta equilibrada, exercícios e hábitos saudáveis.
MITO #8: VOCÊ NÃO PODE BEBER KOMBUCHA TODOS OS DIAS
Existe a ideia errônea de que o consumo diário de kombucha é prejudicial. Na realidade, muitas pessoas o fazem regularmente sem efeitos adversos. Desde que seja parte de uma dieta equilibrada, a maioria pode desfrutar dos benefícios dessa bebida fermentada diariamente, com moderação. No entanto, indivíduos sensíveis ou com condições específicas devem consultar profissionais de saúde para orientação personalizada.
MITO #9: A EFERVESCÊNCIA INDICA FERMENTAÇÃO INADEQUADA
Há a crença equivocada de que a efervescência na kombucha é um sinal de fermentação inadequada ou deterioração. Na verdade, a presença de bolhas é um indicador positivo de fermentação ativa, mostrando que os microorganismos benéficos estão em ação. Desde que a bebida seja armazenada corretamente, a efervescência é um componente normal e seguro do processo de fermentação.
MITO #10: KOMBUCHA É LIVRE DE AÇÚCAR
Existe a falsa ideia de que a kombucha é completamente livre de açúcar. Embora a fermentação reduza significativamente os níveis de açúcar, quantidades remanescentes podem estar presentes, especialmente se houver adições após o processo de fermentação. Verificar os rótulos das bebidas é essencial para fazer escolhas alinhadas com as preferências dietéticas, garantindo uma compreensão precisa do conteúdo de açúcar.
Por: Flávio Viaboni – Nutricionista – CRN3 -23.271/SP – Equipe Probióticos Brasil
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